entregar se faz aos poucos

a vida tá complicada. 
os desejos estão se confundindo. 
assim como os rostos, os cheiros, os gostos. 
talvez os desejos estejam mudando, 
talvez sejam novos ares. 
e quem lá sabe o que é o que? 
E quem lá sabe o que é que eu quero? 
se eu mesma não faço a mínima ideia. 
e quero mesmo é cuidar de mim. 
chega de cuidar de outros. 
quero mesmo é paz. 
 mas de que vale paz quando o coração não bate mais? 
de que vale o tempo se me fez assim inerte a tudo? 
onde estão aquelas batidas frenéticas deste coração que vos fala, 
que vos clama? 
está tudo tão, mas tão estranho, que chego a pensar que mudei ou que cresci. 
chego a pensar, muito de vez em quando, que aprendi como faz. sem se magoar. 
e sem magoar ninguém! 
(lembre-se disso, juliana). 
 mas, se uma melhor amiga machuca o melhor amigo ao traí-lo pelas costas, porque sou eu melhor que ela e não poderia fazer o mesmo ou pior? 
quem disse que eu sou melhor que ela? 
 festa, festa, festa. cerveja, cachorro-quente, sexta-feira, refrigerante, risadas, aniversário, anos 90, erel, corpus christi, feriado, sexo, amor... 
eu bem estava precisando de uma viagem, mas acho que não vai ser mesmo desta vez.

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