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Mostrando postagens de março, 2010

É hexa!

Era carnaval nas ruas - ou era como. Havia balões sendo soltos no ar, papel picado, fitas e muita cor. Havia a multidão e, naquele momento, pronta pra desistir, recebi um telefonema que mudaria tudo o que eu pensava. Mal sei como ouvi tocar o celular, mal sei como consegui distinguir a sua voz. Um choque. O carnaval nas ruas, você em um lugar quase impossível de alcançar. Não sei porque, mas você me ligou. Talvez carência, talvez a inconstância, talvez a impossibilidade de alcançar a outros. Sua voz tão fraca que não pude rejeitar seu pedido. Não entendia o que acontecera a você, mas parti da festa ao seu encontro. Vinte minutos a pé pra sair da multidão e dar a volta em dois quarteirões a mais para chegar onde você estava. E aí, o desafio. No primeiro andar do prédio dei seu nome, a moça me olhou, dei minha identidade e disse que você me chamara. Ela ligou para o seu quarto. Cinco minutos de espera e ela deixou que eu subisse. Dez andares de escada. Na recepção bebi água e perguntei ...
no dia seguinte a cabeça latejava de dor pela fome. nada de janta, como sempre, e uma noite regada a cerveja trazem a pior das sensações no dia seguinte. e essa tinha uma sensação diferente. a de perda. perdi você, aparentemente, sem nem ter, você, estado ao meu lado. mas senti, o coração bater efusivamente e parar. pensar e sofrer. não foi nada e muita coisa mudou. é estranho isso. não foi premeditado, mas aquelas coxas tão brancas e jovens ao meu lado tiraram-me de foco. o toque suave, as palavras de carinho e qualquer outra coisa que eu nem percebi at first. foi, pra mim, forte demais pra segurar. algo que eu já não sentia voltou. e com força. algo que eu não sentia há tempos. mas é gostoso, apesar de não ser nada. eu gosto de sonhar. eu gosto de imaginar, incluir coisas que só eu entendi - pq não existiram. mas, gostei como alguns viram mais do que o que tinha de fato. engraçado o back stabbing. me feri sem nada ter feito. e a ela. sem ela nada ter feito. e você, sem nem ter estado...

o que voce quer?

Eu? Quero decisão. Quero saber, e não adivinhar. Estou tremendo dos pés a cabeça. É pensar e tremer. Essas coisas do coração são muito engraçadas. As coisas mudam de uma hora pra outra, de um dia pro outro. Até em minutos! E é tão estranho. Pior ainda é quando vc tem uma certeza e ela se desfaz. Com o vento, com um sopro, como uma das esculturas de Copacabana. Mas, a vida é assim mesmo, né? Complicada. Foi feita pra aprendermos. E como faz pra não se machucar? Pra não magoar ninguém? Sobreviver, apenas, não vale mais a pena. Não aguento ser assim tão forte. Nem assim tão fraca. A vida é, na verdade, muito complexa e muito fulgás. Um jogo, um desafio. E passa, tudo, na velocidade da luz. Olhou pro lado? Já era!
Eu fico pensando, vez em quando, em como é que a vida acontece. Pq é uma trama tão carregada, tão complexa que eu não acredito, de nenhum modo, que tenha alguém que nos move como bonecos. Primeiro que, em são consciência, ninguém vai querer mexer com a vida dos outros. Segundo que, mesmo omnipresente... não tem como saber o que se passa na cabeça das pessoas. Ou será que essa pessoa é tão poderosa a ponto de ler pensamentos?.. Bem, de qualquer jeito, ontem foi um dia bem legal. Trabalhei sem estresse, até ganhei dez reais de gorjeta, saí a noite, econtrei amigos que nao via a séculos e depois fui pra outro lugar onde conheci pessoas novas e me diverti bastante...apesar de pequenas complicações.. mas isso, com conversa a gente resolve. ;)

2009 - triangulado

é em teu triangulo que me perco é em teu pranto que choro é o seu cheiro que me anima e o seu sorriso que me esquenta e queria agora tudo pra que me esquentasse mãos e coração rosto e prazeres mas porque somos pecado, não podemos e porque o somos não sabemos é o querer que nos mata e o que nos faz feliz que nos maltrata sempre do meu lado esteja pois seu sorriso faz meu coração forte faz nosso amor resistir até mesmo a supostas sortes sempre ao lado, à frente, em cima mãos em mãos, em braços, em abraços encalacradas e enroscadas nesses sentimentos que não são mentiras sempre comigo e sempre contigo para que caminhem os corações em uma só estrada, mesmo com pontas com pontes, túneis e canais com engarrafamentos e várias entradas ou mesmo com várias saídas

12.01.2005

I’ve erased her from almost all the lists I had her in and still my mind goes round and round and round still stopping on every corner to think of her. Might it be an obssession, might it really be love? She doesn’t care, why should I? I have not the courage to erase her completely. Even if someday I do, I am certain I will still have her phone in my memory and her email adress too. I am certain I will still call our common friends and ask, out of the bloom, how is she doing. I know that during one of my trips I will still have the nerve to write an email and tell her how much I miss her and wish she was with me. But the worse of all is knowing she will never do the same, is she will ignore the email. She doesn’t care, why should I? Once or twice she’s given me hope. She’s responded the emails, she’s responded my call for help. I chickened out those times. Fear of not knowing it was true, my feelings for her, hers for me. Knowing she might have done it out pitty, out of temper, out of ...

09.01.2005

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Não sei dizer como me sinto. Sinto que quero fugir, ir pra junto das pessoas das quais sinto falta. Sinto muita falta de muita gente. Sinto que não posso fazer nada. Não posso me dividir em 100 e seguir a todas as pessoas que conheci nesse tempo. Sinto saudades de todos. Sinto por ter quase certeza que muitos desses eu nunca mais verei na minha vida. Se fosse possível me reunir com eles por algumas breves vezes ao ano. Se ao menos eu pudesse ter a certeza de que eu verei ao menos um deles no decorrer da minha vida. Se ao menos pudesse ser logo. Ao chegar ao navio eu sentia uma dor imensa de ter deixado minha casa, mas por pior que fosse eu sabia que veria minha família e meus amigos de novo, mais cedo ou mais tarde, os outros não. Amei muitas pessoas e quando uma dessas pessoas foi embora, foi a primeira vez que me despedi tão fortemente de alguém. Chorei por quase um dia inteiro por ter essa certeza quase que abafadora de que nunca mais veria tal pessoa. Da segunda vez tive eu que ir ...

14.08.2003

“(...)já não consigo não pensar em você(...)” Paralamas do Sucesso De uma amizade curta surgiu um amor inesperado o qual eu não podia conter. Na faculdade, se estávamos juntos, todos olhavam. Quando separados todos olhavam para mim, pois eu não podia conter a ansiedade de não estar ao seu lado. Viramos namorados então, e o Rio se tornou nosso espaço. Na rua éramos o espelho da satisfação dos idosos que imaginavam em nós sua adolescência apaixonada, que nessa hora lhes parecia ter passado há dois minutos. Nos adolescentes despertávamos a inveja pois éramos felizes e estava estampado em nossas testas. Em casa o inferno começava. O ciúme das mães, a indiferença dos pais e a implicância dos irmãos. Nossos avós incentivavam nosso namoro, mas cedo passamos por fases difíceis, onde eles não podiam nos ajudar. Fiquei grávida após seis meses de namoro. Transamos durante um passeio que fizemos a Paquetá. Só nós dois, e a natureza. Era a minha Segunda vez ainda e na consu...

2007 - Oh-la-la l’amour

Há tempos eu venho pensando se as coisas que acontecem ao acaso são mesmo aquelas supostas a acontecer com você. Veja que o ditado diz que quando menos se espera as coisas acontecem, mas e daí? Sem nenhum tipo de expectativa é bastante claro que qualquer coisa que vier ao seu encontro parecerá a melhor do mundo, ou por outro lado, pode também parecer a pior. Bem, eu sempre fui levada a entender e aceitar que você não escolhe as pessoas as quais vais gostar ou não, mas, sim, o seu coração - e perceba que ele é um órgão um tanto “sem visão de mundo”... Daí você percebe que se fosse você, com total conhecimento de uma pessoa – e não seu coração, sem nunca ter antes visto – que escolhesse aquela pessoa que você tanto gostaria, amaria e casaria e teria filhos com, você com certeza faria uma escolha bem mais embasada e por isso com porcentagem menor de erros. As pessoas dizem que o amor, e os relacionamentos, são isso. Você conhece, você tenta fazer durar e fazer dar certo e se não d...

28.03.2009

maria ribeira lava a roupa no rio sem sabão maria faceira que destrói um coraçao maria roceira da lata na cabeça Maria pudica sem sexo sem dor maria guerreira dona da sua cria maria verdade que da a cara a bater maria de idade que viu tudo que era pra ver maria, maria maria joão Maria da feira, da chicória, do limão maria da rua, cheia de ventre maria do palco, cheia de mãos maria do asfalto, da procissão maria divina que dá sentido ao amor maria mulambo, maria do horror maria favela que desce a ladeira maria da noite de sorriso amarelo maria rameira com a mão da cintura maria puta na esquina da rua maria de cor, maria sem cór maria rica, maria pobre, maria mulher maria qualquer

25.10.07

te dei o instrumento e você tomou a ação talvez por covardia te o tenha estendido mas nunca pensei que seria tão brutal o corte estou sem pensar, não consigo tudo tão rápido, tão fácil talvez o sentimento que me tenha esvaido tenha te tomado quase por inteiro e nessas horas, entendo que é melhor o corte do que a continuação te estendo os braços para o abraço que me trará saudades e te peço, e suplico, que não faça como o prometido não me corte por inteiro de sua vida sabes que a amizade é o que nos vai restar e será, assim mais verdadeira não se precipite em ações não me invalide deixe seu coração se curar deste corte mas, não se esqueça de onde estou ao lado oposto de você estou eu e espero que um dia venha me falar novamente não chora com certeza não mereço suas lágrimas com certeza você não merecia sofrer por algo que era lhe tão bom

2.10.07 - Dona Lanna

com seus olhos bem abertos ela fixo me olhava e, talvez, se perguntava o que é que eu pensava.  posso garantir que tinha medo, pois, de mim, os olhos não tirava e cada movimento que eu fazia ela quase transpirava.  o medo que lhe rondava era o mesmo que eu sentia. a noite fria me cercava e a sua lã eu procurava.  não era fácil morrer de frio com tanto ao lado para ter. se fosse minha aquela lã o meu corpo ia se aquecer.  mas não podia ir roubá-la. a ovelhinha me fitava e com certeza se irritava com cada mexida que eu dava.  um belo dia dormi cedo e que engraçado, veio sem medo a ovelhinha ao meu lado ficar só no aconchego.  seus braços quentes me enroscavam e sua lã em mim roçava. meu corpo frio se aqueceu enquanto seu pelo roçava o meu.  de manhã quando acordamos novo o mundo pareceu. do que não diriam que podia uma nova amizade ascendeu.

25.9.07 - continuando a loucura

como é que podem querer, os outros, que eu esqueça você? como pode querer, você, que eu deixe de te amar tanto? não tem um lugar pelo qual eu passe, cotidianamente, o qual você ainda não tenha estado comigo. botafogo carrega teus passos - e eu sei o quão perto você está, dali, às vezes. vila isabel carrega teu cheiro porque lá ficam minhas roupas e minha cama. a ilha carrega tua timidez porque foi lá que você esteve perto da minha família e foi quando conheceu meus amigos. meu corpo carrega marcas de alguns dias que eu estive com você. meu coração carrega as cicatrizes. como querem, vocês, que eu simplesmente deixe de lembrar tantas risadas, tantas lágrimas, tantas palavras, tantos prazeres? eu não quero essa distância. me faz mais mal assim. eu me acostumei a ter você. eu sonhei ter você pra vida toda. eu quero você do meu lado. eu tenho um futuro traçado pra nós. e eu sei que parece demais, mas é só a força do meu amor. se eu não tiver você nos meus dias, se não ouvir sempre a sua vo...

31.8.07

no dilúvio das horas os pensamentos que saem são apenas verdades que sequer ousam tocar no seu nome Às vezes eu quero tomar o mundo. Às vezes eu quero tomar você. Você que nunca foi minha. E quem sabe se será. Interminável vontade que não se rende. Não se rende ao desfecho que tomamos nós. Ao nada que aconteceu. Ao futuro que ainda será escrito. Eu quero coisas simples. Só quero te ter. Experimentar seu beijo. Sentir seu corpo. Estar com você. Conversar como havíamos planejado. E simplesmente estar. Ter o que não tivemos no dia único que nos conhecemos. Destino invejável têm vocês. E eu aqui sozinha. Sonhando com você. Esperando que um dia - claro, sem torcer - tudo termine e eu possa provar você. Experimentar mesmo. Os sabores, os toques, os frescores, os desejos, os rompantes, as ternuras, as doçuras, as loucuras. Incrível é como eu posso não parar de imaginar você, mesmo sabendo que não é meu lugar. Imaginar você e eu, sabendo que você tem ela e que eu, no limbo continuo, sem saber ...

16.8.07 - mais um

Havíamos sido criadas uma para a outra, mas o retrato idealizado de um relacionamento - que eu havia criado - transformara tudo numa bola de neve e de repente todas as pequenas coisas se tornavam discussões incessantes. A falta de pedidos de desculpas de ambos os lados era ensurdecedor. O retrato psicológico de um relacionamento, que eu criara, que eu idealizara, havia feito com que todas as coisas fossem ruins. Nenhuma atitude servia e a culpa sempre recaía sobre mim. Eu não havia aprendido a ser forte. Ainda nem sei dizer se aprendi. Éramos, inevitavelmente, duas sonhadoras e duas sofredoras - sem nem saber o que era sofrer de verdade. Sem ter certeza de nada. Não províamos para uma casa nossa. Trabalhávamos apenas porque era o que deveria ser feito. Não tomávamos conta de ninguém, não tínhamos filhos. Minto, ela tomava conta da mãe, sempre que conseguia. Tínhamos nossas lutas independentes e nossas lutas internas se contrapondo. Era um massacre ver e ouvir o que eu tinha pra dizer. ...

6.7.07 - acho que alguma coisa já dizia que este dia estava fadado à desgraça

Eu gosto de me sentar e olhar Ver o mundo a minha volta Ver como agem os que não conheço Os que conheço também Os que passam por mim Os que ficam em mim Gostaria de saber o que pensam todos quando fazem qualquer uma das coisas que fazem Só pra tentar entender Gostaria de estudar as pessoas pra entender como pensam no que pensam Porque agem como agem Porque magoam, porque ferem Porque querem, o que querem Porque não querem.

26.6.07 - receita rapida

se apaixonar, como fasssss? os ingredientes são fáceis, você encontra em qualquer esquina. no máximo o que é mais dificil de arranjar é a disposição e o tempo, mas vamos lá. segue aí a receita: em uma vasilha, junte um mês sem ficar com ninguém a um encontro aleatório com uma pessoa (minimamente) interessante. cubra isso e deixe crescer por alguns dias. em outra vasilha junte: -2 colheres de sopa de vontade -200g de carência -1 abraço apertado e verdadeiro -arranque do galho algumas conversas interessantes -1kg de intimidade nas conversas -1 pitada de dor misture tudo isso na batedeira e adicione, então, um coração já derretido pelo tempo e 300g de tesão. misture tudo até obter uma massa bastante confusa, mas homogênea. junte, então, à massa da primeira vasilha e leve a fogo brando. em, no máximo, um mês você estará apaixonado, talvez até perdidamente.

2007 - Para que não faça sentido

E agora os pensamentos são contra os sentimentos. Eu não quero gostar de ninguém, apesar de achar que já estou gostando, mas, muito menos, eu quero me apaixonar. Por outro lado, não quero enfiar a cabeça nos livros porque acho chato. Não quero combater uma dor com outra, quero simplesmente esquecer. Talvez seja impossível, mas quero esquecer por um tempo que tenho um coração. Quero sofrer por ele esquecendo o que é sofrer por outros. Tenho perdido muito tempo sonhando com o amor e eu quero parar esse sonho. Seria melhor que o sonho se tornasse realidade, mas não acho que seja esse meu destino. Se você quer saber, eu também temo pelo meu futuro, também estou crescendo, evoluindo. Mas, temo pelo meu futuro por imaginar que ele será curto e por saber que com esse pouco tempo, com minhas incertezas e com minhas inaptidões não conseguirei alcançar meus sonhos ou viver meus amores. Temo em pensar isso e mesmo dizer em voz alta, mas ao menos não temo em lutar pelo que quero quando sei que pos...

2007

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Zélia, tem tanta coisa que eu queria te dizer e não posso. tantas perguntas foram deixadas por fazer, perguntas às quais eu nunca terei resposta. ter você por tão pouco tempo foi inútil, como se não tivesse tido. espero aqui, sozinha, por um abraço seu. tem tantas coisas que eu queria escrever pra você e muitas outras as quais ainda serão escritas. mas, não muito o que dizer. se eu não falo da dor, não há mais o que ser dito. e dói tanto, tanto. um dia como hoje eu podia estar com você - e só com você. e não sozinha e abandonada na cidade. a família parece já entender o quanto dói. mas, o que dói mesmo é estar perto de você, e é o que evito. por isso hoje não fui te ver. e por um tempo não irei. nossos aniversários estão chegando. mais um que você não vai me ver completar e mais um que não fará diferença se você completar. ver você assim me parte o coração. e eu queria que a medicina - ou o tempo - andasse mais rápido. na verdade, eu gostaria que a dor não existisse. gostaria de conhec...

8.5.07

Primeiro você se estressa quando percebe a iminência do fim. Depois você se desespera e tenta, de todos os modos possíveis, fazer com que esta iminência não se concretize, realmente, em um triste fim. E, então, você fica triste porque o fim não pôde ser evitado e chora o quanto lhe é conveniente. Por quanto tempo lhe for necessário. Um dia, então, você pára e pensa em tudo o que foi dito, em todos os motivos e em todas as razões usadas para o fim e pondera. Daí, você tem a certeza de que as coisas poderiam ter acontecido de modo diferente e chora mais um pouco. Em outro dia você pede perdão, pois pára e pensa em seus próprios erros e acha que ainda há uma maneira próspera de reverter os fatos. E, você acaba chorando mais um pouco ao perceber que, definitivamente, acabou. E não tem mais volta. E nada mais faz sentido. Mas, já se passaram três meses, a vida já continuou sem que você tivesse percebido, a fila já andou e você continuou ali, estagnada. E logo você que se via tão forte. E, c...

6.5.07

O silêncio é bem mais barulhento. Até o coçar da testa faz mais barulho com o silêncio, e no momento em que algumas pessoas começaram a me perguntar por que eu não seguiria com a análise, eu comecei a perceber o motivo; Imagine que todas as perguntas sobre os seres humanos fossem respondidas. O que sobraria para mim, geminiana das mais fofoqueiras, saber? Por agora encontro todos os segredos os quais eu gostaria de descobrir em aberto, e procuro manter-me assim desde que descobri o quão fácil é arrancar das pessoas as mais variadas verdades sem que elas saibam que as estão desvelando. E continuo. Continuo sem saber qual a verdade que iluminará meu caminho, simplesmente procurando em todas uma passagem. Passagem esta que me guiará ao mais valioso conhecimento: o auto.

2007 - o que nao tem como nomear

Eu não gostei, o Jun também não, mas postei assim mesmo. *com algumas modificações* "A indiferença se manifesta nas canções ao nosso redor do amor que se fala hoje não se ouvirá acabar Se escrevemos todos sobre ele por que se preocupar com a dor? com a dor alheia que nos circunda? com a dor dos nossos que nos afunda? Os versos de música que se ouve foram feitos em particular não são nossos e nem de ninguém não há quem os queira nomear Não se iluda em achar que se encontra neste nosso mundo, ainda, a perfeição não está dentro de mim ou você o instrumento da nossa união Perceberemos, porém, um dia que ainda nada está perdido se dizem que tudo tem jeito nosso amor não teremos fingido Não se mexa e não se mova deixe tudo como está nem se preocupe, pois um dia o tempo nos virá ajudar."

2007 - Fato consumado

Há tempos atrás, eu quis saber escrever canções, escrever canções só pra você. Eu quis saber o que você sentia pra poder colocar em minhas canções. Eu quis fazer minhas canções só pra você, eu quis fazer minhas canções sobre o amor, e sem você saber escrevi uns versos e os enviei a esmo, esperando que eles encontrassem você. Muito tempo passado eu, caminhando, ouvi pela porta de algum lugar um violão soar uma bonita melodia. Era um bar e eu entrei para ver e ouvir quem tocava e o que tocava. O piano que agora soava ao fundo anunciava uma canção romântica. Quem a cantaria havia apenas deixado o palco. O violão parara, então. Resolvi não mais continuar ali e saí, não tendo demorado nem um minuto no lugar. Percorri de volta o longo corredor que me levara lá dentro e no meio do percursso senti de volta a vibração das cordas. A voz iniciara a cantar e a reconheci. Era você. E cantava meus versos. Corri de volta em direção ao bar e ao palco onde te vi ao centro, na luz e onde se sentava em u...

9.4.07

Haviam-me, mais de uma vez, batido com um guarda-chuva e, me derrubado do lugar onde eu sentara, desta última. Um baque monumental inferido em minhas costelas – genial e gelado – me fazia, agora, contorcer de dor encolhida no banco. As lágrimas me desciam dos olhos com facilidade e ninguém – nem ela – parecera se preocupar instantaneamente. Disse eu ‘mais uma vez’ por que me estavam sendo constantes os “ataques”. O primeiro foi logo abaixo do olho direito, há poucos meses, e me deixou sangue, susto, lágrimas e, por conseqüência, uma pequena cicatriz. Mas, não me foi feito nenhum pedido de desculpas. O segundo me atingiu a cabeça – e o peito logo após – e foi dado como amor à primeira vista. Este segundo acontecera três semanas após o primeiro. Nada de sangue, nada de lágrimas, apenas felicidade me trouxera este. O terceiro fora mútuo – nunca fui boa com coisas maiores que eu – pedidos de desculpa também mútuos e nada em mim prejudicado, nem nada que me estragasse a pele. Este havia aco...
Ninguém gritara. Ninguém nem menos suspirara. Movimentos contidos levaram mãos às bocas e apenas um de nós foi-se ao chão. Um duelo não era, nem ao menos era um assalto. Não era nada perigoso. Nada que nos arriscasse a vida. Barulho não se ouvira. Vira-se, apenas, e ninguém soube, de fato, explicar. Tão longe de tudo. Tão longe do bem ou do mal. Havia sido apenas fulminante.

7.4.07 - amor de transição

de um jogo bobo surgiu a lembrança 2 vilas uma que me pertence outra que não mais ressurgiu a dor o pensamento o pesar a saudade a falta que faz o se acostumar e o desacostumar a presença constante e a ausência de demorou pra bater a dor que tanto me fazia falta a dor que me travava a dor que faz escrever não te agradeço porquê não cabe aqui de algum modo, como te amo, te odeio e você, lá tão feliz, me dizia que não queria que eu sofresse que não era assim que tinha que ser mas, como não deveria? se ainda te amo como te desejo felicidade? devo deixar de ser como sou queria te fazer sofrer mas, você já esteve deste lado não faz mais parte de você pena eu ter sido seu namoro de transição pena ter durado tanto quando eu dizia que não deveria mas o amor é cego e se deixa estragar e acaba quando a um lhe é peculiar "And in your head do you feel what you're not supposed to feel'

2007

Dei adeus querendo não vê-la nunca mais não mais ouvir falar não mais pensar mesmo sabendo ser impossível dei adeus Dei adeus com lágrimas nos olhos esperando que a vida mudasse esperando que a realidade fosse falsa que fosse tudo uma brincadeira - mesmo que de mal gosto - dei adeus Dei adeus esperando que ela não o aceitasse que viesse me falar que sentia minha falta que pedisse desculpas que me quisesse de volta dei adeus Dei adeus com lágrimas nos olhos e o coração apertado porquê a realidade fere e porquê meu coração é fraco dei adeus Dei adeus a tanta coisa antes e essa tem sido a mais difícil saber que o adeus é pra sempre que não faço falta que não me liga, não me olha, não me vê, não me pensa dei adeus Dei adeus sabendo que ela tem um novo amor que nunca mais será minha mesmo com suas palavras falsas mas o coração não escolhe nem o meu, nem o dela e dei-te adeus Por favor, não ligue deixe-me pensar que sou forte Por favor, não apareça Se seus beijos não me pertencerão mais Por ...

28.12.06 - Rita, Maria ou Maria Rita, como você preferiria?

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Deixa eu conhecer você Deixa eu entender qual é o sentimento De onde vem o sentimento Como você faz De onde sai a voz Como faz seu coração A quantas (pulsações) ele bate Deixa eu saber como faz Quero só tentar entender De onde vem a luz Ou o que é isso que ilumina você Será luz divina? Será você um anjo? Só pode ser. Se você me cedesse minutos ao seu lado Garanto, descobriria o segredo que te cobre Que faz você, dos pés à cabeça ser Ser Ser Ser Você Ser que com olhos cerrados canta Como se lembrasse outros tempos Como se algo quisesse alcançar Mas, não pode Deixa apenas eu conhecer você Deixa apenas eu tentar entender E mesmo que meu esforço seja em vão Posso fingir, por minutos, te ter.

15.11.06 - do que eu não sei

eu não sei como funcionam as pessoas, mas eu não sei tanto quanto ninguém sabe. eu não sei o quanto uma cerveja ou duas podem modificar a cabeça de alguém a ponto de fazê-la se sentir chata, de fazê-la acreditar que é chata, que não é amada, que não merece atenção ou mesmo que não tem a atenção merecida. eu não sei o que faz as pessoas felizes. eu não sei o que traz aquela felicidade pura às pessoas. eu não sei o que, exatamente, ME traz felicidade. assim como ninguém mais sabe. eu não sei de muita coisa que eu desejaria saber sobre os meus amigos. eu não sei o que os faz serem sinceros, eu não sei o que os traz a raiva, o que os tira do sério e o que eles amam de verdade. eu não sei quais palavras dizer a alguém que se sente só, alguém que se sente perdido, ou alguém que está perdido. não sei o que dizer a alguém que que é solitário, a quem briga com a mãe pelo que me parece banalidade, àquela pessoa sozinha, sem amor, sem amigos. eu não sei o que faz as pessoas sairem daqui. sei que ...

17.10.06 - De um caracol efusivo de emoções

Eu sempre tive medo de te trazer aqui Eu sempre tive medo de te fazer infeliz Porque os nossos mundos eram tão diferentes Porque nunca essas coisas foram feitas pra nós Eu sempre tive medo de ter você pra mim Eu sempre tive medo de te fazer sofrer As nossas incertezas eram intermitentes Porque nossos poucos momentos eram tão mágicos E hoje de repente você está aqui E num passe de mágica você veio pra mim E eu sem ter como reagir A toda essa surpresa que me veio assim Fiquei aqui pensando em qual seria o fim Bridge I: E eu não sabia o que dizer E eu não sabia o que fazer Foi tão de repente Que eu não senti que a gente Terminaria assim De tudo isso eu tiro uma grande lição Mas não me deixo levar pelo meu coração Pois sei que em um instante tudo pode acabar E eu só espero esse meu medo querer me deixar Com todo esse tempo não sei mais o que há Entre nós dois agora além deste pulsar De nossos corações que não se cansam nunca Em nos mostrar apenas que o nosso amor Foi feito pra durar Bridge...

2006

Eu quis brigar com você Eu quis gritar que já não queria mais Que já não TE queria mais Que já não me eram interessantes os sentimentos que me pareciam desprezo Todos os sentimentos que me pareciam tabelados Que me pareciam ter caído aqui por acaso Eu quis gritar para o mundo que eu me sentia muito mal Eu quis brigar com o mundo por não poder me fazer ser ouvida Quis que as coisas fossem diferentes Que os preconceitos não existissem Que as coisas não fossem como são Mas as coisas que se passam pela minha cabeça são desacertadas São de qualquer jeito e são fugidias, efêmeras, hum, uhm, é... fugazes São minhas, são besteiras, são absolutamente equivocadas e inexistentes Despropositadas, eu diria. Pois, é a cada vez que ouço a sua voz, que sinto seu toque, que me envolvo em seu abraço, que percebo o quanto todas as coisas estão perfeitamento colocadas em seus lugares, como tudo faz sentido, como o mundo é belíssimamente colorido e como todas as preocupações que, em outras horas me incomod...

21.5.06

Dos seus olhos, o brilho que sai não é de paixão, nem amor, nem medo, nem desespero. O brilho é sereno, seco, imparcial e penetrante. É o brilho da dor. Os olhos carregam todos os desejos da alma; as dores, sentidos, o inimaginado, o querer oculto. Imagino que os seus não sejam tão diferentes dos meus. Mas, se são os olhos que dizem por que nossas bocas não falam? O que é tão difícil que não se traduz em palavras? Não se pode saber. Permace ali, escondido. E não se pode advinhar, fica sempre ali, pairando nossos pensamentos, bloqueando nossos dizeres, fazendo-nos apenas pensar.

19.4.06 - Sexperiências II

Seus cabelos, curtos, se misturaram aos meus, longos, quando nossos corpos se juntaram, logo após o tirar das roupas, tanto era o fervor dos movimentos. Braços, mãos, pernas e lábios se misturavam quase como gotas d'água se misturam. Éramos dois e éramos um e não sabíamos quem era quem ou o que era de quem. O palpitar dos corações se misturava junto com as línguas que não se soltavam. E tudo acontecia quase como magia. O respirar era meu e se seguia pelo dele. Não sabia, eu, se estava nele ou se ele estava em mim. O infinito ranger das cordas vocais e os apelos eram ensurdecedores, porém, silenciosos como a leve brisa do mar. Os tocares eram pesados e macios. Os movimentos eram bruscos, porém compassados e tudo caminhava na mais perfeita ordem. Nossos corpos se revezavam em posições, mesmo sem saber quais partes eram minhas ou suas. Não ouviu-se gritos de prazer ou dor. Não sentiu-se vontade de terminar mesmo tendo chegado ao ápice. Apenas se continuava. Incansávelmente. Com fervor...

16.4.06 - Sexperiências I

Agora, suas mãos afagavam minhas costas e a dor de cabeça continuava ainda em mim, indomável. O toque suave não levava a tortura daquela dor embora, mas era ainda o mais sutil possível. Os beijos, as carícias iam e vinham e a dor continuava. Dos beijos e carícias surgira o sexo - o ato. Os dois corpos nus que se enrolavam num ir e vir de mãos, no subir e descer de corpos, no abrir e fechar de bocas, nos apertos, nas mordidas, nas línguas. O tempo não parecia passar e o ato houvera se repetido inúmeras vezes, com a minha cabeça, ainda, a ponto de explodir, durante aquela noite. No último grito abafado de orgasmo viu-se um raio de sol irromper pela fresta da janela vermelha. Nossos corpos se afastaram, nossas mãos se separaram, nossas bocas se soltaram. Meu corpo se remoía pela lembrança da dor mais forte que permanecia e suas mãos voltavam às minhas costas e num movimento contínuo de afago elas subiam e desciam. Nada se ouvia pois nada havia. Um Domingo, a casa estaria abandonada se não...

3.4.06 - Sabe o quê? EU NÃO SEI

eu não quero o que eu um dia quis eu continuo querendo o que eu queria talvez eu possa ter o que não quero mas, será difícil ter o que sempre quiz complicado, mas pertinente é engraçado perceber o erro é engraçado quando percebem também ótimo desconstruir imagens criadas aquelas de criaturas imaginadas o cérebro é tão cheio de vida mas, desistir de um sonho, jamais mesmo sendo erro mesmo sendo impossível desistir sem lutar - e sabe-se que luta já houve jamais mas, me faz feliz ouvir uma coisinha ou outra me faz feliz não fazer sentido me deixam contente certas coisas que leio em cada lugar um pouco mais de felicidade felicidade instantânea dissipada no vento sonhos hão de tornar-se reais mesmo que em pensamento e eu já nem quero saber do que querem nem mais saber do que eu quis quero saber só do que eu posso querer e só se me quiser também difícil mesmo é esquecer Para que você fique sabendo Descubra que venho todo dia aqui esperando te ver pra dizer que te amo Descubra que tudo o que ...

4.2.06 - (Será mesmo?) Haverá Chuva

Por todos os lugares Por todas as ruas Escorrendo para dentro dos bueiros Nos dias tristes e felizes Mas principalmente nos tristes Nunca faltará ou deixará de acontecer Sempre que assim você se sentir E dos seus olhos começar a escorrer Olhe para o alto e veja come fecha E fecha por você Por você e por sua tristeza ele fecha Ele chora junto a você Seu coração, quebrado, chora E Ele junto a você É assim que Ele pede desculpas Aprendi isso faz pouco tempo A perda machuca, mas há de existir o perdão E a crença de que tudo é por um motivo justo. essa noite sinto falta de braços que me apertem lábios que me beijem mãos que me afaguem e beijos que me aqueçam a alma sinto falta de palavras que me preencham e de gestos que acordem o que de melhor há em mim a solidão é uma tristeza carente de emoção nem é melancolia nem saudade é apenas o vazio do que há em mim e o que sobrou é quase nada é algo que o tempo só leva embora e essa falta é o que me torna fria sem os braços, os lábios, os beijos, ...

2005 - Será que fui eu quem escreveu isso? Sei lá, mas tá aí pra quem quiser ler...

"Eu me escondo no silêncio e o quebro com a escrita. Penso muito no que vejo e adoro minha curiosidade. Não gosto de ver qualquer coisa como não escrevo sobre qualquer coisa. Adoro escrever o que sinto mesmo que se torne uma mentira depois. Não me declaro com a fala. Adoro me declarar no papel. Uma das minhas fraquezas. Quero tentar me entender. Parece que estou passando um longo momento de descobertas com minha introspecção pública. Tenho ouvido quem quer comentar o que escrevi. Não sou muito de concordar com qualquer coisa, mas parece que agora ficou ainda mais fácil para os outros descobrirem meus pontos fracos. Gosto muito de escrever, mas prefiro meus sonhos por serem mais dinâmicos. Talvez por isso não tenha terminado nenhuma das histórias que comecei. É tão mais fácil conversar comigo mesma, ser todas as personagens e ainda assim não ser nenhuma delas. Eu deveria andar com um gravador 24 horas por dia."

8.12.07 - liga pra mim quando você puder atender

a cama ainda está desfeita das nossas manhãs - esse lençol parece que nunca mais vai se encaixar, então é necessário trocá-lo a vida ainda está desfeita por si só - essa não tem quem ponha no lugar as palavras se desfizeram e mudaram de lugar, se montaram num discurso diferente as confusões permaneceram - e essas não vão embora tão cedo querer que as coisas se encaixem é só - aquela função nossa de esperar - o que se precisa, na verdade de ação a minha tristeza me comove, desculpa, me move, desculpa, me faz pulsar de novo e parece que tudo que eu faço é em busca dela não é por ser mulher e se saber machucada, é por ser quem sou - eu só é por saber querer e não ter quem se quer e querer o erro sabendo-se errar e esperar a melhora sabendo que deve-se tomar um caminho diferente, deve-se agir e não só esperar deve-se mudar e não esperar que mudem o querer continua a espera continua os sentimentos continuam as vontades continuam as idéias mudaram de lugar no meio do texto, as coisas se perd...
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Uma linda flor Uma linda cor Um sentimento profundo Que me trouxe lágrimas Agradeço a você A homenagem singela Que trouxe ao meu peito Uma grande paixão Agradeço a você o sorriso E agradeço pela lágrima Profundos em conjunção E em satisfação Sem você ali Nada seria tão bom Hoje, sem o seu abraço Meu mundo estaria no chão Uma orquídea laranja Linda, linda Mais linda que você, não Te amo, te adoro Não te largarei mais E não digo nunca apenas Por ser uma palavra tão feia Mas jamais pensei ser amada assim E você me trouxe grande prazer Apenas um gesto sincero Apenas você E você é pra mim, agora, tudo Muito mais que suficiente E muito mais do que eu jamais mereci.

2005 - No Dia Do Casamento

Amanda chorara neste dia do mesmo modo que havia chorado em poucos outros dias de sua vida. Ela nunca fora de chorar por coisas pequenas ou motivos fúteis. Até este dia chorara apenas pelas pessoas em sua família que haviam morrido e por poucas outras coisas as quais ela havia considerado coisas pelas quais era importante chorar. E neste dia, ela chorara muito. Um casamento acontecia nos jardins de sua casa. De bom grado ela havia oferecido sua casa e seus jardins para que sua melhor amiga se casasse e tinha ficado muito feliz, na época em que fora feita a oferta, mas neste dia - o dia do casamento - ela se encontrava em profundo desespero. Esta, antes citada, sua melhor amiga, era também o motivo de sua completa infelicidade. Essa amiga era a pessoa a quem Amanda amava e seu desespero era justo porquê neste dia, ela se casava. A cerimônia corria sem nenhum problema. Jorge, o noivo, vestia um fraque negro que combinava perfeitamente com seus cabelos também negros, ambos impecáveis. Ela...

2005 - Here we go again

Se sonhar é meu crime Que eu seja logo condenada Porque sonhar com você é o que faço E o que me sustenta por dias e dias Se sonhar com você é meu castigo Que eu sofra para sempre com ele Porque não ter você pra mim É bem pior que acordar Se apaixonar-me por você ao primeiro olhar é doença Contaminei-me e morrerei dela Porque desapaixonar, jamais. escrevi, né, por que não postar, né? No escuro o que me salva é o silêncio Nesse meu mundo não há nunca ninguém Onde você deveria estar Mas sou sempre salva Pela monotonia que me carrega E me faz seguir pensando em você E que faz com que as coisas não se resolvam Já que eu não queria nunca Ter perdido você Parar de pensar em você De uma vez por todas Seria o trágico fim de um amor Que mal começou e se acabou Mas que perdura em meu peito E que me faz sofrer E assim viver

2005

It's the last one....I swear! Mamãe, por que ela não me quer? Mamãe, por que ela não me ama? Mamãe, por que ela não fica comigo? Mamãe, por que não posso tê-la? Mamãe, ela é tão gostosinha. Mamãe, ela é tão bonitinha. Mamãe, ela é tão maravilhosa! Mas, mamãe, ela nem me quer. Mamãe, onde será que errei? Mamãe, será que eu falei demais? Mamãe, será que eu falei tudo fora de tempo? Mamãe, acabou-se a minha paz. Mamãe, quero ao menos um beijo. Mas, mamãe, é só para ver se paro de sonhar. Mas, mamãe, ela sempre pareceu me dar bola. Mas, mamãe, bola ela nunca me deu. Mamãe, eu bem sonhei, por vezes, tê-la. Mas, mamãe, acordei pra vida real. E mamãe, o ruim, agora, é aceitar. E mamãe, é tudo o que eu quero não fazer. Mamãe, será que posso seguir sonhando, ao menos, com um beijo? Mamãe, seguir sonhando com seu corpo no meu? Mamãe, seguir sonhando em tê-la só pra mim? Mamãe, apenas seguir sonhando assim?

28.11.05 - A Menina Adora...

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Ela adora ver o céu azul com poucas nuvens. Ela adora os cheiros que aparecem a essa hora. Ela adora a sua rua com poucos carros passando. Ela ama o pôr-do-sol. Ela adora ver as primeiras estrelas que brilham no céu a essa hora. Ela adora a noite e ama observar as estrelas e esperar ver passar os satélites, em alta velocidade, que brilham junto às estrelas, noite afora. E ela olha e ela lembra... Lembra de uma outra tarde, parecida com a de hoje, onde ela andava só pela avenida esperando que chegasse logo o feriado. Ela lembra de, passando pela avenida, sentir o cheiro dos morangos à venda, em minúsculas barracas próximas à pista dos carros, que se misturava ao cheiro terrível dos motores, mas que ainda assim trazia a ela uma bela imagem. Ela se lembra de, naquela tarde passada, olhar para o céu azul com poucas nuvens e imaginar momentos. Tendo comprado, em uma das barracas, os morangos que cheiravam tão bem, ela punha seu nariz dentro da sacola que os continha e os cheirava e olhava o...

2006 - A nova história que está fraquíssima e sem título

Ela se encontrava sentada em sua casa, confortável no sofá. Não tinha mais perto de si o marido, que havia morrido em um acidente de avião anos atrás, e não havia mais perto de si o filho único, que havia decidido morar longe da cidade, sozinho, por não aguentar a pressão da morte do pai e de todas as coisas cobradas dele, pela sociedade. Mas, ela não se sentia exatamente sozinha. Senhora da classe alta, moradora do Jardim Botânico, cobertura de um pequeno grande prédio por lá. O apartamento era gigantesco e abrigava além dela sua vasta coleção de raras plantas e seu cachorro, que fora dos padrões do normal das mulheres de sua classe, era um vira-lata que ela havia encontrado na rua, um dia antes da morte do marido. Ela o havia levado pra casa cuidado dele como se cuida de um filho. As plantas e o animal a faziam companhia. Seu telefone quase nunca tocava, mas ela se sentia bem assim. A Tv era sua outra companheira. O tocar repentino do telefone enquanto ela se ajeitava, mais uma vez, ...

2006 - O Único Sobrevivente.

Ele não vira nada do que acontecera. Acordara ao sentir a batida brusca da lateral do ônibus e antes que a mesma batesse contra o chão da pista, segurou-se nos braços da cadeira para não rolar junto ao veículo. Viu as pessoas que acordavam caindo. Sentiu que o ônibus rodava, sentiu que deslizava pela rua, rodopiava pela estrada e segurou-se o quanto pôde. O ônibus, então, saiu da estrada, passando por cima da mureta de proteção, quebrando-a e rolando morro abaixo. Ele não via nada. Por sorte, o morro não era grande, mas fez com que o ônibus rodasse mais e mais forte enquanto ele se segurava com toda força à sua cadeira. Ele via as pessoas rodarem junto ao ônibus, via os corpos passearem pela extensão do ônibus. Algumas pessoas ainda tentavam se segurar à cadeiras ou às partes onde se colocam bolsas. Ele ouvia o barulho do ônibus sendo amassado, as parte mais fracas da ferragem faziam um barulho ensurdecedor ao se dobrarem, se amassarem. O vidro ao seu lado quebrou-se em minúsculos peda...

2006 - Da Janela Que Dá Para O Cristo

Da janela que dá para o Cristo eu via tudo e mais um pouco. Eu via o Rio, as pessoas, as ruas e os rios. Na contradição do povo eu via o Rico andando ao lado do Pobre e nem um minuto de seu tempo, com ele, gastando. Eu via pessoas com todo o tempo do mundo, gastando seu tempo em não fazer nada. Eu via turistas subindo o Cristo com toda a presa de quem não tem nada a fazer. Enquanto isso, os trabalhadores, apressados em seus carros, buzinavam em desespero, e nos ônibus os motoristas apressavam-se, enquanto os passageiros se entretinham com o rápido passar das ruas. Nunca pensei que, um dia, eu fosse me cansar de olhar por aquela janela. Todo dia eu acordava, e antes mesmo de fazer qualquer outra coisa, eu parava em frente a ela e sentia a luz do sol que subia. Subia e ficava mais forte e eu, então, não mais agüentava olhá-la e virava meus olhos para o chão, lá para baixo, lá para a rua e via, assim, as pessoas com sono que andavam. Vez ou outra eu ouvia buzinas àquela hora, e quando ouv...

2006 - Muito Com O Que Se Acostumar

Era um dia normal, corríamos pela rua. Fazíamos nosso jogging matutino diário. Eu corria à frente dele, no máximo uns dez metros à frente dele, e me esforçava ao máximo para continuar assim. Engraçado que eu sempre fui mais rápida ao correr do que ele. Ele tentava me alcançar, mas não conseguia, até a hora que tive que parar em um sinal para atravessar uma rua. Alcançando-me ali, finalmente, ele agarrou meu braço e pediu para que eu parasse, me desvencilhei de suas mãos e corri para o outro lado da rua, tendo resolvido não escutá-lo. Olhei para trás rápido enquanto corria e vi que ele permanecia lá, parado na beira da calçada. Continuei correndo e não dei importância, mas fui mais devagar, pois imaginei que ele ainda tentaria me alcançar. Com esta certeza em mente parei em outro sinal para esperar uma possibilidade de atravessar e foi quando ele me alcançou novamente. Sem me tocar ele pediu que eu parasse e que conversássemos. Percebi que ele queria mesmo dar uma chance para uma conver...