2.10.07 - Dona Lanna

com seus olhos bem abertos ela fixo me olhava e, talvez, se perguntava o que é que eu pensava.  posso garantir que tinha medo, pois, de mim, os olhos não tirava e cada movimento que eu fazia ela quase transpirava.  o medo que lhe rondava era o mesmo que eu sentia. a noite fria me cercava e a sua lã eu procurava.  não era fácil morrer de frio com tanto ao lado para ter. se fosse minha aquela lã o meu corpo ia se aquecer.  mas não podia ir roubá-la. a ovelhinha me fitava e com certeza se irritava com cada mexida que eu dava.  um belo dia dormi cedo e que engraçado, veio sem medo a ovelhinha ao meu lado ficar só no aconchego.  seus braços quentes me enroscavam e sua lã em mim roçava. meu corpo frio se aqueceu enquanto seu pelo roçava o meu.  de manhã quando acordamos novo o mundo pareceu. do que não diriam que podia uma nova amizade ascendeu.

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