15.11.06 - do que eu não sei


eu não sei como funcionam as pessoas, mas eu não sei tanto quanto ninguém sabe.
eu não sei o quanto uma cerveja ou duas podem modificar a cabeça de alguém a ponto de fazê-la se sentir chata, de fazê-la acreditar que é chata, que não é amada, que não merece atenção ou mesmo que não tem a atenção merecida.
eu não sei o que faz as pessoas felizes. eu não sei o que traz aquela felicidade pura às pessoas. eu não sei o que, exatamente, ME traz felicidade. assim como ninguém mais sabe.
eu não sei de muita coisa que eu desejaria saber sobre os meus amigos. eu não sei o que os faz serem sinceros, eu não sei o que os traz a raiva, o que os tira do sério e o que eles amam de verdade.
eu não sei quais palavras dizer a alguém que se sente só, alguém que se sente perdido, ou alguém que está perdido. não sei o que dizer a alguém que que é solitário, a quem briga com a mãe pelo que me parece banalidade, àquela pessoa sozinha, sem amor, sem amigos.
eu não sei o que faz as pessoas sairem daqui. sei que já saí, mas também não sei o motivo.
eu não sei o que dizer a pessoas com problemas graves, às que perderam alguém, às que não vêem alguém a tempos, às que sentem saudades.
eu não sei do que as pessoas sentem saudade.
eu não sei o que fazer quando vejo a tristeza. quando lágrimas correm dos olhos das pessoas que amo.
eu não sei o que fazer, além de sentir raiva, quando me ofendem. eu não sei perder. eu não sei pelo que eu choro. eu não sei porque choro.
eu não sei o que fazer, além de agir irracionalmente e com violência quando sou agredida verbalmente.
eu não sei o que fazer para amar e ser amada em quantias iguais.
eu não sei demonstrar afeto (ouvi isso outro dia).
eu não sei também se o sabem.
mas, eu não sei de tanta coisa que me esqueço, mas não me aborreço por não lembrar. me aborreço mais por não saber. e eu poderia saber. se eu me esforçasse.





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