31.8.07



no dilúvio das horas os pensamentos que saem são apenas verdades que sequer ousam tocar no seu nome
Às vezes eu quero tomar o mundo. Às vezes eu quero tomar você. Você que nunca foi minha. E quem sabe se será. Interminável vontade que não se rende. Não se rende ao desfecho que tomamos nós. Ao nada que aconteceu. Ao futuro que ainda será escrito.
Eu quero coisas simples. Só quero te ter. Experimentar seu beijo. Sentir seu corpo. Estar com você. Conversar como havíamos planejado. E simplesmente estar. Ter o que não tivemos no dia único que nos conhecemos. Destino invejável têm vocês. E eu aqui sozinha. Sonhando com você. Esperando que um dia - claro, sem torcer - tudo termine e eu possa provar você. Experimentar mesmo. Os sabores, os toques, os frescores, os desejos, os rompantes, as ternuras, as doçuras, as loucuras. Incrível é como eu posso não parar de imaginar você, mesmo sabendo que não é meu lugar. Imaginar você e eu, sabendo que você tem ela e que eu, no limbo continuo, sem saber onde termina esse meu futuro. Difícil parar pra pensar no que quero de verdade. Sei que quero você. Mas, duraria? Teria fim? Começaria? Enfim...
As cartas foram retiradas da mesa. Mas, para mim, elas estão apenas suspensas.

"às vezes eu quero demais, mas o dia nasce e eu me esqueço (...) e se você quiser eu posso tentar, mas eu não sei dançar tão devagar pra te acompanhar"

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

morango selvagem

à coisa mais delicada